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Tecnologia é o diferencial da cafeicultura brasileira

  • Foto do escritor: Eduardo Cesar Silva
    Eduardo Cesar Silva
  • 9 de set. de 2022
  • 2 min de leitura

A tecnologia ajudou a cafeicultura brasileira a aumentar a sua produtividade e criar estruturas de plantio mais densas, como mostra este cafezal no município de Barreiras, no estado da Bahia. (Foto: Wenderson Araújo/CNA/SENAR)

O Brasil é líder mundial na produção e exportação de café. Mesmo concorrendo com mais de 50 países diferentes, a cafeicultura brasileira não possui nenhum rival que possa superar os seus números no médio prazo. Em anos de safra alta (bienalidade positiva das lavouras), o Brasil chega a colher mais que o dobro do volume do segundo colocado, o Vietnã.

A liderança brasileira é absoluta, mas quais seriam as causas desse sucesso?


Durante boa parte dos séculos XIX e XX o país contou com dois grandes diferenciais: mão-de-obra e muita terra. Naqueles tempos, a cafeicultura era uma atividade de baixo nível tecnológico. As técnicas de plantio, manejo, colheita e processamento eram rudimentares e muito parecidas em todos os países produtores de café. No entanto, o Brasil contava com vastas extensões de terra aptas ao cultivo e muitos trabalhadores.


No começo, foram os escravos que sustentaram a cafeicultura nacional. Mais tarde, a tarefa ficou a cargo de milhares de famílias de imigrantes europeus e japoneses. Mas o tempo passou e o mundo mudou.


As relações de trabalho evoluíram e o cultivo de café se espalhou pela África, Ásia e América. Novos concorrentes foram surgindo e alguns deles apostaram na produção de cafés de alta qualidade. Entre as décadas de 1950 e 1970 o Brasil começou a perder competitividade no mercado global do café. A crise se aproximava rapidamente do setor.


O Brasil corria o risco de terminar o século XX com uma cafeicultura decadente, de baixa produtividade e cheia de lavouras velhas. Foi então que, na década de 1970, teve início um ousado plano de renovação do parque cafeeiro nacional.


O Governo Federal disponibilizou recursos para que os cafeicultores implantassem novas lavouras de café. Elas deveriam ser formadas por variedades mais produtivas e resistentes, desenvolvidas pelo programa de melhoramento genético do Instituto Agronômico de Campinas (IAC). Além disso, as lavouras deveriam ser formadas segundo as mais modernas recomendações técnicas da época.


Milhares de produtores rurais, principalmente de Minas Gerais, utilizaram os recursos disponibilizados. Os resultados foram impressionantes: a produtividade média das lavouras nacionais, que era inferior a 15 sacas por hectare até a década de 1980, saltou para 32,5 em 2020, conforme dados do IBGE.


A alta produtividade das lavouras nacionais contribui para a sustentabilidade do setor, já que aumenta a receita obtida em cada hectare plantado e reduz a necessidade de área plantada.

A moderna cafeicultura do Brasil, apoiada nos resultados de pesquisa de ponta, manteve o país no topo do ranking mundial. Enquanto isso, a maioria dos países concorrentes continua presa em produtividades médias abaixo das 15 sacas/ha. A tecnologia aplicada ao campo se tornou o grande diferencial das lavouras nacionais.


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Os conteúdos dos textos publicados neste blog refletem exclusivamente a opinião dos autores e não representam, necessariamente, as opiniões do Centro de Estudos em Mercado e Tecnologias no Agronegócio da Universidade Federal de Lavras (AGRITECH UFLA), da Universidade Federal de Lavras (UFLA) ou das agências de fomento que financiam as pesquisas do AGRITECH UFLA.

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